Sempre acreditei que não teria lugar para ir quando você me esquecesse.
Sonhei com caminho longo, estrada com mais flores do que pedras, sonhei o nós.
Mas será mesmo que algum dia houve o meu encontro no seu encontro?
Gostaria de não pensar tanto para não doer nos sonhos.
Quem tem alma bonita, sofre.
Na pele, no corpo, no espírito.
Penso em você com o neurônio dos ossos.
Isso me faz vibrar.
E vibrar me lembra que, apesar de tudo, sigo.
Sigo a realidade do eu no mesmo caminho. Agora com mais pedras do que flores.
E hoje escrevo para abusar das reticências.
Quero acreditar que ainda não acabou.
Ficou tanto por dizer …
Nossos encontros imperfeitos …
O sabor adocicado dos recomeços …
Até o desejo que você seja meio feliz …
Sim, meio feliz, isso mesmo. Felicidade plena? Só comigo.
Você não quis.
Elegante desejar toda a alegria do mundo pra quem acabou de partir sem despedida.
Acontece que nessa seara eu sou brega, Marília Mendonça raiz.
Ainda dói. Respeito o meu tempo.
Olhei muito pra trás. Tropecei até aceitar que perdi.
Vivo minha fase, meu casulo.
Vivo minha metamorfose.
Sei que quando for o tempo, minhas asas baterão em sincronia e não haverá voo mais bonito que o meu.
Viver ainda é imperdível, mas, por enquanto, me deixa ser lagarta.