Quando decido me abraçar, paro o tempo por alguns instantes.
Esqueço da dor que sinto, da sombra que vejo.
Iluminada, me abasteço.
Quando decido sorrir pra mim, enxergo o meu espaço sagrado e a vida vale a pena.
Se transbordo lágrimas, meu barco não deriva.
Conheço tempestades. Do temporal, me protejo.
E acredite, até sou capaz de remar, resgatar, re-amar.
Quando decido me respeitar, agrego paz à minha solidão.
Para mim, negar e permitir têm a mesma conjugação.
Hoje, com meu carinho, sei que faço caminho.
Mergulho em cada amanhecer para desafiar o dia.
Entrego-me ao encanto dos meus próprios milagres.
O outro sou eu.
Eu salva de mim.
Eu, a que ainda respira paixão.
Que risca, rabisca e vira canção.